Em minhas andanças por alguns lugares, quase sempre motivadas por obrigações institucionais, observei, com especial atenção, o comportamento de habitantes de uma nação tida como muito desenvolvida e reconhecidamente democrática. Muitos dos cidadãos vestiam peças do uniforme das forças de segurança, outros empunhavam, de alguma forma, a bandeira nacional, enfim, todos eles aparentavam grande orgulho e inconfundível altivez. Notadamente, entendi que naquela conduta, de amor às instituições e os seus respectivos símbolos, estava uma das chaves do sucesso daquele importante país e, conseqüentemente, dos seus cidadãos.
Se assim faziam livremente, podemos assegurar que ali reinava a consciência de que os aparelhos de segurança eram os fieis garantidores da liberdade, da lei e da ordem naquele território, independentemente de eventuais debates ideológicos suscitados em derredor de algumas missões das referidas forças.
A partir do raciocínio inicial e totalmente consciente das diferenças sociais, políticas e econômicas de cada nação, faço algumas reflexões mais pontuais sobre a Polícia Militar da Bahia, concernentes ao momento em que estamos vivendo, a fim de que o leitor possa compreender o quanto importante é reconhecer o valor das nossas instituições.
Com efeito, quem não presenciou, no Carnaval de Salvador, uma série de artistas, órgãos de imprensa, entidades públicas ou privadas e, sobretudo, o próprio povo aclamando com sinceridade a atuação da PMBA durante os dias que se sucederam na Grande Festa. Segundo alguns, a nossa organização se transformou num “fenômeno” de segurança em eventos que envolvem milhares ou até mesmo milhões de pessoas.
Esse “novo olhar” não é somente um fruto de nossas apreciações e considerações internas, mas de toda uma sociedade civil consciente de que a PMBA está revolucionando a forma de fazer segurança pública. Os diversos comentários arrolados deram conta de uma tropa que interagia diretamente com a sociedade, de forma organizada, capaz de superar os desafios do serviço, consciente de que a atuação policial militar se configura através da prática da legalidade, da tolerância e sem se afastar da boa técnica policial, apregoada com posturas firmes, determinadas e aplicadas às exigências dos fatos.
Mesmo que pessimistas sejamos, não podemos, de maneira alguma, deixar de aceitar esse reconhecimento da sociedade. Se não nos orgulharmos desses elogios, lançando-se à crítica injusta contra nossos incentivadores da sociedade civil, certamente estaremos maldizendo e contradizendo a nós mesmos, pois somos nós que fazemos essa Corporação ser como ela é. A própria tropa sempre cobrou do Comando-Geral o incentivo às boas notícias a respeito dos trabalhos executados nas diversas operações, já que havia, no passado, certo entendimento de que grande parte da imprensa só noticiava episódios desagradáveis acerca da atuação policial.
Ou nos manteremos fortes, confiantes, determinados e enfileirados com todos aqueles que acreditam que o somatório das boas atitudes de cada membro da corporação está nos levando rumo à glória pretendida, como exemplarmente mostramos na operação Carnaval/2010, ou nos renderemos, lamentavelmente, às falácias e a amarguras de alguns poucos que estão sempre na sanha de encontrar aspectos negativos em tudo que diz respeito à nossa instituição.
Que venham todos os elogios da sociedade baiana! Que sejam bem vindas todas as manifestações de apreço, carinho e gratidão para com a nossa protetora Milícia de Bravos! Que nossos homens e mulheres, verdadeiros Soldados da Paz, tenham todas as garantias de que são indispensáveis ao seu povo!
Muito obrigado!
Nilton Régis Mascarenhas
Comandante Geral