Uma homenagem ao Soldado

Neste post vou tratar não somente dos aspectos históricos inerentes à coragem, retidão e grandeza de espírito do SOLDADO, profissional que serve à comunidade e que se diferencia dos demais por emprestar a sua própria vida na defesa do semelhante, mas também do seu caráter essencial e indispensável para a vida e funcionamento de um estado.

Inicialmente, há de se ressaltar nesses homens e mulheres a atitude aguerrida exaustivamente trabalhada nas odisséias e cânones do conhecimento, acrescentando-se a essa perspectiva heróica a sua mais contemporânea definição de salvaguardar e preservar a integridade e a dignidade dos cidadãos, das suas instituições e dos poderes constituídos, dentro das premissas e ordenações constitucionais.

Em regimes democráticos como o do Brasil, o ente Soldado tem uma acepção muito especial. Bem longe de alguns equívocos cometidos na história, onde interesses tiranos conduziram o povo e os seus defensores ao erro e ao engano, podemos afirmar, com insuspeita convicção, que os Soldados são agentes da paz e da ordem, e que pactuam com a liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens.

Alguns, de maneira preconcebida, podem até discordar do presente juízo, todavia, não têm o direito de desconhecer que nós, soldados da polícia militar, somos presentes e indispensáveis em quase todos os ramos da vida do estado. Para se ter uma idéia mais clara, ao longo da minha jornada como policial militar, logo entendi que a corporação em que sirvo se encarrega de preservar a paz entre os cidadãos com ações diretas de controle e diminuição da criminalidade e violência, a exemplo da implementação do policiamento comunitário.

Mas também atentei para o fato de que a Polícia Militar da Bahia desdobra os seus serviços no sentido de apoiar as ações do poder Executivo, a exemplo da fiscalização da cobrança e arrecadação dos tributos, nas atividades da Justiça em cumprimento aos seus mandados, do Legislativo e do Ministério Público. Ainda guarnece escolas, hospitais, outros imóveis públicos na esfera dos três poderes, eventos esportivos, manifestações culturais e políticas das mais variadas espécies, campanhas de saúde e conscientização, enfim, inúmeras outras atuações não apresentadas aqui, mas que são facilmente notadas no dia-a-dia, garantindo um sistema que parece apenas funcionar com o apoio do aparato policial, o qual garante a coexistência pacífica e legítima do Estado, em posturas ostensivas que se opõem, frontalmente, às velhas e infundadas críticas de que a polícia e os seus servidores estão contra o cidadão.

No Carnaval da Bahia, exemplo de grande evidência que se avizinha, não poderíamos deixar de comentarmos o significado de servir à PMBA. Mais uma vez será mostrado que nesse evento existe um tripé fundamental de sustentação formado pelo povo, pelos artistas e pela polícia militar. Sem desmerecer a atitude dos outros componentes da grande festa, devemos certificar que os valorosos Soldados compõem, de forma bastante notável e aplaudida, o teatro carnavalesco, demonstrando comprometimento, dedicação e equilíbrio.

E na manhã de 17 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, amanheceremos o dia comemorando o aniversário de 185 anos da Polícia Militar da Bahia. Dedicaremos, neste ano, o êxito das incontáveis vitórias da PMBA aos Soldados de todos os níveis hierárquicos. Como no ano de 2009 homenageamos os artistas do carnaval e no atual aclamaremos os nossos perpétuos e verdadeiros guardiões da sociedade, esperamos que no ano vindouro possamos homenagear o povo, do qual orgulhosamente fazemos parte, a que iremos sempre reverenciar e defender, mesmo com o risco da própria vida.


Nilton Régis Mascarenhas
Comandante Geral